Extremistas ganham espaço na Suécia e geram impasse na formação de novo governo

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 10/09/2018 08h25
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EFE Os Democratas suecos, partido anti-imigração com agenda bastante populista, conseguiram ganhos significativos nas urnas alcançando mais de 17%

Depois de Alemanha e Itália, agora chegou a vez da Suécia ter um impasse na formação de seu novo governo graças ao crescimento da extrema-direita.

É aquele fenômeno que vem se repetindo no mundo todo: cansados com a atuação dos partidos tradicionais os eleitores buscam alternativas em candidatos populistas com um discurso anacrônico sobre imigração, direitos humanos e por aí vai.

Essa postura está colando em vários em lugares e ontem os suecos foram às urnas e mostraram sua insatisfação com o establishment político.

Tradicionalmente governada pela centro-esquerda, a Suécia é considerada um dos países mais progressistas e igualitários da Europa, consequentemente do mundo.

Em 2015, o governo do país aceitou receber 163 mil imigrantes e refugiados, a maior cota per capita do bloco. E isso também teve impacto nesta eleição.

Como em qualquer lugar do continente, mesmo nos que receberam uma cota mínima de refugiados, como a Inglaterra, os serviços públicos estão se deteriorando pela falta de recursos e a dificuldade de manter o estado de bem-estar social robusto que é marca da Europa.

Dessa forma, os Democratas suecos, partido anti-imigração com agenda bastante populista, conseguiram ganhos significativos nas urnas alcançando mais de 17% dos votos.

Isso impede que as duas legendas majoritárias tenham cadeiras suficientes para formar maioria.

O atual governo de centro-esquerda já afirmou que não vai renunciar e apelou para a centro-direita na tentativa de encontrar uma solução. Um novo governo porém pode levar semanas até ser formado e independente do que for definido a influência da extrema-direita nas decisões políticas da Suécia será inevitável.

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