Extremistas ganham espaço na Suécia e geram impasse na formação de novo governo
Depois de Alemanha e Itália, agora chegou a vez da Suécia ter um impasse na formação de seu novo governo graças ao crescimento da extrema-direita.
É aquele fenômeno que vem se repetindo no mundo todo: cansados com a atuação dos partidos tradicionais os eleitores buscam alternativas em candidatos populistas com um discurso anacrônico sobre imigração, direitos humanos e por aí vai.
Essa postura está colando em vários em lugares e ontem os suecos foram às urnas e mostraram sua insatisfação com o establishment político.
Tradicionalmente governada pela centro-esquerda, a Suécia é considerada um dos países mais progressistas e igualitários da Europa, consequentemente do mundo.
Em 2015, o governo do país aceitou receber 163 mil imigrantes e refugiados, a maior cota per capita do bloco. E isso também teve impacto nesta eleição.
Como em qualquer lugar do continente, mesmo nos que receberam uma cota mínima de refugiados, como a Inglaterra, os serviços públicos estão se deteriorando pela falta de recursos e a dificuldade de manter o estado de bem-estar social robusto que é marca da Europa.
Dessa forma, os Democratas suecos, partido anti-imigração com agenda bastante populista, conseguiram ganhos significativos nas urnas alcançando mais de 17% dos votos.
Isso impede que as duas legendas majoritárias tenham cadeiras suficientes para formar maioria.
O atual governo de centro-esquerda já afirmou que não vai renunciar e apelou para a centro-direita na tentativa de encontrar uma solução. Um novo governo porém pode levar semanas até ser formado e independente do que for definido a influência da extrema-direita nas decisões políticas da Suécia será inevitável.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.