Fabio Wajngarten atuou para ocultar kit de joias sauditas, diz PF
Polícia Federal notificou o STF que reuniu novos elementos que reforçam o indiciamento do ex-ministro de Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso da venda ilegal do ‘kit ouro rosé’
Na última segunda-feira (27), a Polícia Federal trouxe à tona novos indícios que reforçam o indiciamento de Fábio Wajngarten, ex-ministro do governo Bolsonaro, no inquérito que investiga a venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro. De acordo com a investigação, Wajngarten teria desempenhado um papel crucial na ocultação e transporte de um dos kits de joias, conhecido como “kit ouro rosé”, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua defesa, Wajngarten negou todas as acusações, alegando que seu envolvimento se restringiu ao assessoramento técnico à presidência.
O inquérito revela que Bolsonaro se apropriou e se beneficiou da venda de quatro conjuntos de joias, que foram comercializadas nos Estados Unidos, resultando em um desvio de aproximadamente 6,8 milhões de reais do acervo público. A lista de indiciados, divulgada em julho de 2024, inclui o ex-presidente e mais 11 pessoas. A investigação destaca que Bolsonaro assinou uma procuração que concedia a Wajngarten total liberdade para manusear e transportar as joias, inclusive em rotas internacionais, o que levanta suspeitas sobre a extensão do envolvimento de Wajngarten.
A Polícia Federal está particularmente atenta ao fato de que o “kit ouro rosé” e as rotas internacionais estão especificados na procuração, o que sugere um possível papel de Wajngarten na ocultação das joias. Este inquérito é apenas um dos vários que investigam o ex-presidente Jair Bolsonaro.
*Com informações de Aline Beckety
*Reportagem produzida com auxílio
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