Falta de investimentos em saneamento básico prejudica redução do desemprego
Os dados são de levantamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil
Falta de investimentos em saneamento básico no Brasil prejudica a redução do desemprego. Com cerca de 13 milhões de pessoas sem trabalho, o país geraria mais postos de emprego se ampliasse as verbas direcionadas ao acesso à água, à coleta e ao tratamento de esgotos.
Os dados são de levantamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil, nesta terça-feira (23), realizado nas 839 maiores cidades do país, com mais de 50 mil habitantes.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, entre 2010 e 2017, foram direcionados R$ 99,3 bilhões ao setor.
Somente nas regiões metropolitanas, os investimentos reais geraram mais de 216,5 mil vagas de emprego.
O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, disse que é preciso cobrar melhorias no saneamento. Ele destacou ainda que em pleno século 21, não cabem mais indicadores básicos típicos do século 19.
O estudo indica ainda que pessoas com saneamento tem renda e escolaridade maiores que aquelas que não têm acesso ao serviço. A falta de acesso à água, à coleta e ao tratamento de esgoto também leva à maior vulnerabilidade da população a doenças, levando ao crescimento das despesas com saúde pública.
De 2010 a 2017, o Brasil gastou mais de R$ 1,1 bilhão em internações motivadas por doenças como esquistossomose, hepatite A, diarreias e leptospirose.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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