Falta de recursos dificulta pagamento do 13º salário de servidores em Estados brasileiros
Mesmo após o fim do prazo para o depósito da primeira parcela, Estados brasileiros enfrentam dificuldades para pagar o décimo terceiro de servidores.
No Rio Grande do Sul, este será o terceiro ano consecutivo em que os trabalhadores não receberão o dinheiro na data prevista.
O benefício do ano passado foi parcelado em dez vezes e ainda não há previsão sobre o que vai acontecer em 2017.
O presidente da Federação dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, Sérgio Arnoud, relatou um cenário dramático: “as dívidas que os servidores acumularam, as multas que eles terão de pagar, os compromissos que deixaram de honrar, esses estão batendo à porta e se acumulando a cada dia”.
Em Minas Gerais, a falta de recursos para o décimo terceiro levou o governador a pressionar o presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Fernando Pimentel quer acelerar o projeto que autoriza estados a anteciparem, junto aos bancos, recursos que seriam pagos por devedores da dívida ativa: “se isso tiver a agilidade que ele nos prometeu, a Câmara vai votar e teremos a autorização legal para cobrir o 13º salário”.
Apesar da situação delicada vivida no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, o governo de São Paulo vai antecipar o décimo terceiro.
O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira que a segunda parcela do benefício, prevista para 20 de dezembro, será paga no dia 15: “isso vai beneficiar 1,1 milhão de funcionários públicos do Estado da ativa, aposentados e pensionistas”.
No Rio de Janeiro, quase a metade dos servidores estaduais ainda não receberam o décimo terceiro salário do ano passado.
O Estado aguarda um empréstimo de quase R$ 3 bilhões, que faz parte do pacote de socorro financeiro, para pagar os trabalhadores.
*Informações do repórter Vitor Brown
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