Falta de respiradores é fator limitante para ampliação de leitos de UTI, diz secretário executivo de SP

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2020 09h48
Sandro Pereira/Estadão Conteúdo Médicos com pessoas isoladas em UTIs De acordo com Eduardo Ribeiro, não há riscos do Estado de São Paulo enfrentar situações de descontrole

O secretario executivo do Governo de São Paulo, Eduardo Ribeiro, analisou nesta sexta-feira (1º) que a falta de respiradores mecânicos é o maior fator limitante para ampliar a oferta de leitos de UTI no Estado. Entretanto, nos últimos dias, foi realizada uma compra de 3 mil novos equipamentos.

A inauguração do terceiro Hospital de Campanha, no Complexo do Ibirapuera, também deve ajudar a desafogar a situação nos hospitais. Serão, no total, 268 leitos — 240 de baixa complexidade e outros 28 de estabilização.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Ribeiro disse que o Estado adquiriu 3 mil novos respiradoras e o primeiro lote deve chegar já no início da próxima semana. “Com isso avançamos na implementação de novos leitos de UTI, alavancando a oferta dos serviços para a população.”

De acordo com Eduardo Ribeiro, não há riscos do Estado de São Paulo enfrentar situações de descontrole como foi visto nos últimos dias em Nova York, nos EUA. “Isso não vai acontecer porque o governo tomou medidas precoces e, mesmo com baixa adesão, as pessoas estão ficando em casa. Vamos passar por essa fase de forma satisfatória.”

Porém, o secretário executivo ressaltou a importância de atender os pedidos de adesão ao isolamento. “Estamos buscando aumentar a taxa, que hoje é de 50%. Isso vai garantir mais conforto para a rede de saúde poder assimilar a demanda. Nossa equipe de especialistas, técnicos e cientistas estudam diariamente as curvas para definir a melhor estratégia a ser seguida.”

Eduardo Ribeiro ainda destacou que a testagem da população é imprescindível e que a tendência é, nos próximos dias, iniciar uma investigação epidemiológica da população com testes rápidos. Na primeira fase dessa força-tarefa pelo menos um milhão de testes devem ser realizados para dimensionar o quanto da população formou anticorpos para o novo coronavírus.

Os testes do tipo PCR continuam sendo realizados nos pacientes sintomáticos em estado grave.

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