Famílias desalojadas por cratera temem fim de auxílio de construtora
Desde 2014, os moradores movem uma ação contra a construção e pedem reforma do imóvel
Os moradores do condomínio Serra da Santa Marta, na Vila Carmosina, Zona Leste de São Paulo, ainda não se sentem seguros para voltar para casa. No dia nove de janeiro deste ano, uma cratera se abriu no estacionamento que fica nos fundos do imóvel, depois de uma noite com fortes chuvas.
Desde então, os moradores foram levados para casas alugadas pela WER Construções, responsável pela obra por causa do medo de um desmoronamento. No entanto, no processo que corre na Justiça Federal de São Paulo, a construtora afirma que já realizou as obras necessárias e pede que seja feita uma vistoria no local, para comprovar que a segurança.
Para os moradores, essa é uma estratégia da construtora para deixar de pagar os aluguéis; eles temem que os contratos que vencem em julho não sejam renovados. A síndica do condomínio, Fabiana Cristina Nestor, classifica as reformas feitas pela WER Construções como “maquiagem” e afirma que as obras estruturais não foram feitas.
O medo dos moradores com a estrutura do condomínio é antigo. Desde 2014, eles movem uma ação contra a construtora e pedem a reforma do imóvel. Os problemas surgiam principalmente na época de chuva, quando a água invadia as casas.
O advogado que representa os moradores, Clécio Marcelo de Almeida, diz esperar que a Justiça determine o quanto antes que as obras estruturais sejam finalmente realizadas. Assim como a WER, a Caixa Econômica Federal também é ré no processo. No processo, o banco estatal diz, porém, que apenas financiou a venda das casas e não a construção do empreendimento.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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