Famosa marca de roupas é suspeita de queimar R$ 141 milhões em produtos
A marca de moda de luxo britânica Burberry foi acusada de queimar produtos não vendidos para preservar a marca. Só no ano passado, a empresa incinerou o equivalente a R$ 141,1 milhões em roupas, acessórios e perfumes.
A estimativa é que nos últimos 5 anos, a Burberry tenha destruído o valor total de R$ 446 milhões de mercadorias. A empresa disse que o gás carbônico emitido com a queima dos produtos foi compensado com ações sustentáveis.
A marca de luxo deu início a um processo de revalorização do famoso tartan, que foi amplamente falsificado ao redor do mundo. Com a queima dos produtos, a Burberry espera manter a exclusividade das mercadorias criadas e evitar que as peças sejam revendidas com desconto.
E não são só as marcas de luxo que recorrem à prática: no ano passado, a rede de fastfashion H&M também foi acusada de incinerar peças encalhadas. Estima-se que a marca tenha queimado 12 toneladas de produtos todos os anos desde 2013.
A empresa respondeu que testes realizados apontaram uma grande quantidade de chumbo nas peças que foram enviadas para a destruição.
Por ser uma prática comum na indústria da moda – que é uma das mais poluentes do mundo – o governo da França anunciou no início do mês de junho que deve proibir essa prática até o ano que vem.
Se essa medida for pra frente, a legislação francesa obrigará as marcas a optarem por medidas sustentáveis, que envolvem a reciclagem ou doação de artigos encalhados.
As informações são da repórter Nanny Cox ao Jornal da Manhã
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