Fãs e colegas relembram carreira de Zé do Caixão; enterro será nesta sexta

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2020 07h04 - Atualizado em 21/02/2020 08h17
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO zé do caixão Ao todo, José Mojica Marins dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes

O enterro do cineasta José Mojica Marins acontece nesta sexta-feira (21), ao meio-dia, no cemitério São Paulo, em Pinheiros. Durante velório realizado na quinta-feira (20), familiares, amigos e admiradores se despediram do ator, diretor e roteirista eternizado como Zé do Caixão.

Mojica morreu na quarta-feira na capital paulista, aos 83 anos. O cineasta deixa sete filhos, doze netos e um bisneto. A filha do artista,  Liz Marins, relembrou a carreira pioneira do pai. “Ele é um ícone de uma área, o precursor da nossa área nacional, o nosso ícone do terror e um dos maiores ícones mundialmente.”

Mojica dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes. Ao todo, o artista fez filmes de faroestes, dramas e infantis, até revolucionar o cinema de terror com o filme “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”, obra que apresentou para o Brasil o personagem Zé do Caixão.

Para o diretor de cinema, André Barcinski, o legado de José Mojica Marins extrapola gênero que o consagrou. “Ele foi um verdadeiro rebelde da cultura brasileira. Um cara que fez tudo a maneira dele e nunca pediu licença para nada. Acho que esse é o grande legado do Mojica, o legado da independência, da autoralidade, de você ser dono do que você faz. Isso é uma marca que ele deixou e que vai ficar para sempre”, afirmou Barcinski.

O velório de Mojica, que aconteceu no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, foi aberto aos fãs. O designer Felipe Rossi, de 20 anos, admirava a obra do cineasta e foi até o local prestar as últimas homenagens. “Eu gostava muito da história que ele conseguiu fazer para o cinema nacional. Acho simplesmente incrível o que ele conseguiu fazer com pouco orçamento e ajuda.”

*Com informações da repórter Letícia Santini.

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