Faturamento, massa salarial e rendimento médio na indústria avançam em novembro, aponta CNI

Levantamento é feito mensalmente desde 1992 pela instituição com objetivo de avaliar a evolução da atividade do setor

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2023 10h21 - Atualizado em 19/01/2023 10h50
Pixabay Homem coloca placa de metal em uma estrutura Alta foi de 0,8% na comparação com novembro de 2021

Um relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou avanços no faturamento, na massa salarial e no rendimento médio do setor industrial no mês de novembro de 2022. Alguns números bateram recordes. O faturamento avançou pelo segundo mês consecutivo, atingindo o patamar mais alto desde 2015. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, classifica os indicadores como positivos: “Massa salarial e rendimento médio do trabalhador da indústria, seguindo uma sequência de altas também e refletindo a melhora do mercado de trabalho também, atingiram os maiores desde 2020. São números bastante positivos. As outras variações, de variáveis mais ligadas à atividade industrial, por sua vez, mostraram resultados positivos, mas muito leves na comparação com o mês anterior”, diz.

O levantamento é feito mensalmente desde 1992 com o objetivo de avaliar a evolução da atividade industrial em curto prazo. Para o balanço, são usadas variáveis como emprego, faturamento, remuneração e utilização da capacidade instalada. Os dados, no entanto, não sugerem melhora robusta do setor. Isso porque a utilização da capacidade instalada, horas trabalhadas e acomodação de emprego tiveram variação pequena. Azevedo avalia que falta impulso para crescimento maior. “Em resumo, a gente vê um quadro em que a indústria mostra falta de certos impulsos para continuar crescendo mais, mas, por outro lado, as variáveis ligadas ao rendimento do trabalhador e ao rendimento da própria indústria seguem bastante positivos”, afirma. Segundo a CNI, o emprego industrial permaneceu estável em novembro. O comportamento recente reforça a acomodação do ritmo de crescimento do emprego, que registrou sucessivas altas entre o segundo semestre de 2020 e o segundo semestre 2022. Na comparação com novembro de 2021, a alta foi de 0,8%.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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