FHC pede que PSDB não seja “oportunista” após arquivamento de denúncia contra Temer

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2017 06h36 - Atualizado em 04/08/2017 10h32
Brasília - O ex-presidente da Fernando Henrique Cardoso fala à imprensa em reunião na sede da Executiva Nacional do PSDB (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Fernando Henrique Cardoso ressaltou que o processo contra Michel Temer foi legítimo e disse que o País "não pode mudar de presidente a cada 6 meses"

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu que o PSDB não seja “oportunista” após o arquivamento da denúncia contra Michel Temer.

Em evento em São Paulo nesta quinta-feira (03), ele lamentou a divisão interna do partido. Dos 47 deputados federais tucanos, 21 votaram pelo prosseguimento da investigação, enquanto 22 se manifestaram de forma contrária.

Outros quatro parlamentares se ausentaram, o que significa, na prática, que ajudaram o Governo a enterrar a denúncia.

Fernando Henrique Cardoso cobrou compromisso com as reformas e demonstrou preocupação com o futuro do PSDB: “eu não vou mentir, é ruim, porque está dividido. O PSDB não está fora desse jogo geral dos partidos. Houve perda de crença nos partidos e o PSDB incluído. Não devemos ser oportunistas”.

O ex-presidente avaliou que o arquivamento da denúncia dará fôlego ao governo, mas afirmou que os problemas estão longe de estarem resolvidos: “não acho que isso seja a maior questão do Brasil. A maior questão do Brasil é o que nós vamos fazer para retomar crescimento e fortalecer a democracia”.

FHC voltou a sugerir a antecipação da eleição presidencial do ano que vem: “eu, se fosse presidente, anteciparia eleições. Mas não para amanhã. Mas provavelmente não terá, então temos que preparar um futuro que vai ser jogado em 2018”.

Fernando Henrique Cardoso ressaltou que o processo contra Michel Temer foi legítimo e disse que o País “não pode mudar de presidente a cada 6 meses”.

Nesta quinta-feira, o senador Aécio Neves anunciou que permanecerá licenciado do cargo de presidente nacional do PSDB. Até o final do ano, o senador Tasso Jereissati continua à frente do partido.

*Informações do repórter Vitor Brown

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