Filho de Eduardo Campos, João Campos vai disputar prefeitura do Recife pelo PSB

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2020 07h18 - Atualizado em 08/01/2020 09h56
Luis Macedo/Câmara dos Deputados A iniciativa de lançar João Campos como candidato faz parte de uma estratégia do PSB para manter o controle tanto da capital quanto do estado de PE

O deputado federal João Campos será o candidato do PSB à prefeitura de Recife na eleição de outubro. A informação foi confirmada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, nesta terça-feira (7) e a ideia é aproveitar a popularidade do parlamentar que, em 2018, foi o deputado mais bem votado da história de Pernambuco.

João Campos é filho de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014, e neto da ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes.

A iniciativa de lançar João Campos como candidato faz parte de uma estratégia do PSB para manter o controle tanto da capital quanto do estado de Pernambuco, que hoje estão sob a gestão de filiados ao partido.

De qualquer forma, haverá concorrência até mesmo entre o campo da esquerda na disputa pela prefeitura de Recife.

Há a expectativa de que o PDT lance para o pleito o deputado federal Tulio Gadelha, e o PT a deputada federal Marília Arraes, que teria o apoio do ex-presidente Lula. O deputado Daniel Coelho, do Cidadania, também pode entrar na disputa.

Outras capitais

E não são só esses parlamentares que devem tentar trocar o Congresso pelo comando de uma das capitais do país.

Na disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo, por exemplo, devem figurar pelo menos dois deputados federais: Joice Hasselman e Celso Russomano – muito embora ambos sejam cotados para concorrer como vice na chapa do atual prefeito, Bruno Covas.

No Rio, há a expectativa de que concorram os deputados Hélio Lopes, forte aliado do presidente Jair Bolsonaro, e Marcelo Freixo, que tentará ser eleito prefeito da capital fluminense pela terceira vez.

É bom deixar claro, no entanto, que nenhum desses parlamentares precisará se afastar do cargo de deputado federal para concorrer na eleição municipal de outubro. A medida só será necessária caso algum deles venha a substituir ou suceder o presidente da República por qualquer período nos seis meses antes do pleito.

Ou seja, mesmo em campanha e fora do Congresso, os deputados e senadores que decidirem entrar na disputa por prefeituras continuarão usufruindo dos benefícios adquiridos por terem sido eleitos parlamentares.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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