Fim da neutralidade de rede é sonho das teles brasileiras, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2017 16h21 - Atualizado em 16/12/2017 16h22
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Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Usuário poderia ter "censura" em suas opções de navegação com o fim da neutralidade

Leonardo Palhares, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, falou à Jovem Pan sobre a decisão do presidente dos EUA Donald Trump de acabar com a neutralidade de rede na internet.

“É mais um show de horror da administração de Trump”, disse. “A neutralidade de rede é relativamente simples e toca um dos principais pontos da internet, a liberdade”, afirma Palhares.

“A falta de neutralidade dá aos donos da infraestrutura das redes de contratar como quiserem”, explica. “A internet corre o risco de se tornar como a TV a cabo no Brasil”, compara o presidente da Câmara Brasileira.

Ele faz uma alegoria: “é como se os Correios escolhessem qual pacote vai mais rápido para quem”.

Palhares alerta ainda que acabar com a neutralidade de redes “é o sonho dourado das companhias de telecomunicações no Brasil”, e lembra que o tema foi o mais debatido do marco civil da internet.

“Ativistas, empresas de internet, cidadãos, todos preferem que a internet seja livre. No brasil funciona como serviço fundamental”, diz também.

O especialista explica que o fim da neutralidade poderia gerar “uma espécie de censura privada”. Por exemplo, uma operadora poderia fechar acordo com uma das empresas de streaming, como a Netflix. Esta correria com velocidade muito boa e as outras teriam a velocidade de conexão prejudicada, limitando o usuário.

Ouça a entrevista:

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