‘Flávio é inocente e foi massacrado pela mídia’, diz advogado de defesa

Frederick Wassef afirmou que nenhuma prova foi encontrada contra o senador, e “nem mesmo contra Fabrício Queiroz”

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2019 10h00 - Atualizado em 02/10/2019 10h38
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SUAMY BEYDOUN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDOa Segundo ele, contas de Flávio teriam sido comprovadas e declaradas à Receita Federal

O advogado do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Frederick Wassef, disse que o filho do presidente, investigado por movimentações financeiras atípicas identificadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), é inocente e foi vítima de ataques da mídia brasileira. Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (2), ele refutou, ainda, a afirmação de que Flávio estaria tentando se esquivar do processo ao pedir a anulação das investigações do caso Queiroz.

“Flávio é uma pessoa inocente massacrada na mídia brasileira por dez meses. Se fez um carnaval no Brasil, um massacre em cima do meu cliente, e em função do que? Não tem nada. Ocorreu uma movimentação financeira atípica, detectada pelo Coaf, que não é crime, não é nada. Qualquer brasileiro que tiver uma movimentação divergente do que é o dia a dia, por exemplo, a venda de um imóvel, é uma movimentação atípica. Isso não é crime”, declarou.

Wassef ressaltou que tem “convicção de que houve um tratamento diferenciado” com o senador, uma vez que já foi provado “de forma cabal e documentada” que não existe nenhum tipo de ilegalidade. “Pelo contrário. Pela quebra de sigilo obtida de forma ilegal e sem conhecimento, as autoridades públicas do Rio de Janeiro conseguiram toda a sua atividade financeira dos últimos 12 anos. Está comprovado de forma incontestável que jamais houve nada ilícito. Os únicos recursos depositados são provenientes de origem lícita e declarados na Receita Federal, de seu salário como parlamentar e a renda de suas empresas”, garantiu.

Questionado sobre o motivo de pedir a suspensão das alegações – o que foi concedido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e posteriormente por Gilmar Mendes -, o advogado lembrou que Flávio é investigado “há um ano e meio e nada foi encontrado” e que suas informações foram obtidas de forma ilegal e, por isso, seu papel é denunciar.

“Meu cliente é vítima de ilegalidades cometidas por agentes públicos, vítima de quebra de sigilo bancário e fiscal sem autorização do judiciário, ponto. Não existe nada contra ele. Ele não foi indiciado e nem denunciado, e vem sendo investigado desde janeiro de 2018 e nada foi encontrado. A investigação se iniciou sem conhecimento, sem autorização. O que compete a defesa fazer? Denunciar isso ao Judiciário e requerer a nulidade do procedimento e de provas obtidas de forma ilegal.”

Fabrício Queiroz

Wassef afirmou, ainda, que a Justiça não encontrou nenhuma ilegalidade também nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. “Não existe nada nem mesmo de Fabrício. Foi encontrada uma movimentação atípica de R$ 600 mil na conta dele, que é lícita e foi declarada, veio da sua aposentadoria de militar, seu salário da Alerj [Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro] e de depósitos familiares. Foi provado e explicado”, finalizou.

 

 

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