Fluxo migratório ‘cria sensação de insegurança’ na fronteira com a Venezuela, diz Moro

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2020 06h27 - Atualizado em 14/02/2020 08h36
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Marcos Corrêa/PR Homem de terno discursa em evento público De acordo com Moro, a pasta vai estudar formas de ajudar o estado a aumentar o patrulhamento e a segurança pública da região

Após onda de protestos, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, estiveram nesta quinta-feira (13) em Roraima. Os atos duraram cinco dias, e os manifestantes pediam mais segurança em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.

Os moradores alegam que a presença de venezuelanos tem aumentado a violência na cidade. As manifestações começaram depois que uma imigrante adolescente foi estuprada por um venezuelano.

Ao falar sobre a situação, Sergio Moro disse que, muitas vezes, “o fluxo migratório gera uma sensação de insegurança”. No entanto, segundo Moro, está havendo uma redução nos crimes violentos em Roraima.

“É natural que haja alguma espécie de problemas para a população local. O que precisamos fazer é intensificar o processo e adotar medidas satisfatórias a esses problemas gerados pelo fluxo migratório.”

De acordo com Moro, a pasta vai estudar formas de ajudar o estado a aumentar o patrulhamento e a segurança pública da região. Em Boa Vista, Sergio Moro e Hamilton Mourão visitaram, ao lado do governador do estado, Antonio Denarium, um dos abrigos que recebem os venezuelanos.

Eles foram a Rondon 3, um dos maiores da América Latina — e que conta com cerca de mil imigrantes.

Mourão, que, nessa semana, assumiu o comando do Conselho da Amazônia — responsável por articular ações voltadas para a região — disse que a Operação Acolhida dá dignidade aos que pedem abrigo no país.

“No caso específico de Roraima é avançar além da acolhida para os problemas do Estado com o grupo que não foi acolhido e os impactos que eles causam aqui do Estado.”

O vice-presidente disse que os venezuelanos são obrigados a deixar seu país devido à “tirania de um regime que esqueceu a população e que pensa apenas nos próprios membros”.

Desde o agravamento da situação na Venezuela, em 2017, já chegaram ao Brasil cerca de 200 mil cidadãos do país vizinho.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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