Força-tarefa identifica fraude que pode chegar a R$ 5 bilhões em SP
Força-tarefa da Secretaria da Fazenda, Ministério Público e Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo identifica fraude que pode chegar a R$ 5 bilhões.
Quinhentas empresas de fachada movimentaram essa quantia no Estado, em um envolvimento de R$ 380 milhões em créditos tributários.
A operação Olho de Hórus prendeu cinco pessoas ligadas a empresa Pires do Rio Cibraço, do grupo CITEP, de São Caetano, investigada pela movimentação de R$ 45 milhões, como explicou o coordenador da Administração Tributária, Gustavo de Magalhães Gaudie Ley.
O promotor Pedro André Picado Alonso reforçou as implicações aos envolvidos.
A promotora Letícia Rosa Ravacci explicou que as empresas de fachada emitem notas para sonegação de impostos e outras intermediárias pretendem evitar que as verdadeiras beneficiadas sejam identificadas.
O sistema eletrônico de notas fiscais possibilitou a identificação dos computadores usados para as fraudes.
O que diz a empresa Pires do Rio Cibraço
Em nota, a empresa afirmou que nenhum membro da Pires do Rio Cibraço foi preso durante a operação. Confira a íntegra abaixo:
“A Pires do Rio Cibraço, empresa com mais de 70 anos no mercado de produtos siderúrgicos, tendo por fornecedores as principais usinas do País, foi surpreendida com uma ação de busca e apreensão comandada pelo GAECO, em razão, conforme informado, por operações de compras da empresa Rio Branco Importadora e Distribuidora Ltda. – estabelecida na cidade de Cajamar -, que estaria sendo investigada por operações ilícitas envolvendo créditos de ICMS.
Porém, diferentemente do que foi divulgado, nenhum membro da empresa Pires do Rio foi preso na operação. A companhia localizada em São Caetano do Sul/SP mantinha relações estritamente comerciais com a Rio Branco.
Salientamos ainda que, desde que tomamos conhecimento da operação, suspendemos imediatamente todas as atividades comerciais com a mesma empresa.
Informamos também que todos os carros localizados nas dependências da Pires do Rio são declarados regularmente no Imposto de Renda e estão regularizados. Além disso, diferentemente do que foi publicado em outras mídias, os automóveis não foram apreendidos.
A Pires do Rio reforça que está à disposição do Fisco e do Ministério Público para todos os esclarecimentos necessários, tendo absoluta certeza da idoneidade das suas atividades, sem ter praticado qualquer ato ilícito em sua sólida história.
A Pires do Rio está apurando quais fatos estão sendo objetos de investigação para se pronunciar nas próximas horas”.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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