Fortaleza registra ‘avanços significativos’ em primeiro dia de bloqueio total, explica prefeito

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2020 10h19 - Atualizado em 09/05/2020 10h38
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Lucas Lacaz/Estadão Conteúdo Idosa usa máscara para se proteger do novo coronavírus O prefeito afirmou que é "inadmissível a postura de omissão de qualquer governo" que questione a eficácia do bloqueio total

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), afirmou que a capital do Ceará registrou “avanço significativo” no combate ao avanço do novo coronavírus no primeiro dia do bloqueio total adotado na capital. Para ele, que defende a medida, também adotada por outras capitais como São Luís e Belém, “não pode haver um dilema ético entre vida e emprego” neste momento da pandemia.

Em entrevista ao Jornal da Manhã neste sábado (9), o prefeito afirmou que houve redução de pouco mais de 80% na demanda de transportes público e a diminuição consolidada de mais de 50% no fluxo de veículos no primeiro dia de “lockdown”, bloqueio total que restringe a circulação de pessoas para evitar o avanço da Covid-19.

Segundo ele, sete regiões chegaram a reduzir mais de 70% do fluxo de veículos, mas, de forma geral, todas estão em um “patamar de redução importante no primeiro dia”. “Estamos aprendendo, já apareceu um dia satisfatório em temos de resultados”, disse Roberto Cláudio, que explicou ainda que as operações serão focadas para impedir, sobretudo, a circulação e formação de aglomeração de pessoas nas áreas de lazer, como as praias.

Ao ser questionado sobre a eficácia do bloqueio total, Roberto Cláudio, que é médico, garantiu que não há não nenhuma evidência científica que prove o contrário. Ele acredita que “o Brasil está perdendo um tempo enorme” questionando se as medidas de isolamento social e quarentena realmente são eficazes.

“Isso é um atraso que vai custar muitas vidas ao povo brasileiro. A gente tem que olhar o que está acontecendo no mundo. Países que não adotaram o isolamento tiveram que fazer depois da tragédia humanitária e tiveram duplo prejuízo”, disse Roberto, referindo-se às mortes e ao prejuízo econômico.

O prefeito afirmou ainda que é “inadmissível a postura de omissão de qualquer governo” que questione o bloqueio total por “interesses menores”. Para ele, “quem defende a flexibilização do lockdown são os grandes núcleos de empresários”.

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