Fotógrafo americano viaja o Brasil e registra desigualdade social

Drone mostra contraste entre condomínios luxuosos ao lado de favelas

  • Por Jovem Pan
  • 17/12/2020 09h02
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Reprodução/Instagram @johnny_miller_photography Aos 39 anos, o fotógrafo e ativista americano já passou por Namíbia, Tanzânia, Quênia, Índia, México e Estados Unidos

O fotógrafo americano Johnny Miller chegou ao Brasil no fim de outubro para dar sequencia ao projeto Unequal Scenes (Cenas Desiguais, em português). A ideia é mostrar a desigualdade de locais como Paraisópolis e Guarujá, em São Paulo e Rocinha, Morro Dona Marta e Vidigal no Rio de Janeiro. O drone mostra o contraste entre condomínios luxuosos onde vivem poucas pessoas e logo ao lado favelas com grande densidade demográfica.

Tudo começou em 2016, quando uma foto dele, tirada na Cidade do Cabo, na África do Sul, onde morava, viralizou nas redes sociais e ganhou destaque na imprensa. A imagem, produzida com um drone, mostrava a vizinhança rica e branca de Lake Michelle, formada por mansões milionárias à beira de um lago, e a comunidade pobre e negra de Masiphumelele, onde 38 mil pessoas vivem em barracos e se estima que até 35% da população esteja infectada com HIV ou tuberculose.

Aos 39 anos, o fotógrafo e ativista americano já passou por Namíbia, Tanzânia, Quênia, Índia, México, Estados Unidos e agora, está pelo Brasil, tirando fotos para o projeto. Johnny Miller já recebeu diversos prêmios e bolsas de financiamento. Para o fotógrafo, a escolha da desigualdade como tema central de seu projeto parte de uma avaliação que a sociedade não é organizadas de forma sustentável. Sem passagem de volta e sem destino fixo, Johnny Miller quer visitar Salvador e continuar provocando uma discussão sobre desigualdade e mostrar que a arquitetura também é usada para separar as pessoas.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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