Fotos da construção da linha férrea de SP estão disponíveis no arquivo público

O arquivo Público de São Paulo recuperou fotos históricas da construção da linha férrea da cidade no começo do século

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2019 11h12 - Atualizado em 08/06/2019 11h57
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Divulgação/Arquivo Público de São Paulo Arquivo Público de São Paulo O arquivo Público de São Paulo recuperou fotos históricas da construção da linha férrea da cidade no começo do século

É uma pena que nós paulistanos não conseguimos cuidar do nosso patrimônio. A mais importante cidade do país tem sua história, suas raízes, mas cada ano que passa essa história que um dia foi vivida pelos nossos avós, bisavós, vai sendo esquecida.

Uma das coisas que não foram cuidadas foram as linhas férreas da cidade, onde tudo começou. Por exemplo, a Estação Júlio Prestes, ponto de partida da Linha 8-Diamante da CPTM.

Durante muito tempo, ela foi a porta de entrada do café que vinha do interior para a capital. O prédio foi projetado em 1925.

A estação fazia parte da Estrada de Ferro Sorocabana, que depois foi incorporada à CPTM. Parte do prédio virou a Sala São Paulo, na década de 90.

Atualmente, os dois lados estão separados por um vidro e por realidades bem diferentes: a Sala São Paulo tá conservada e bem mantida, enquanto a estação de trem tá completamente largada.

As bilheterias são antigas e bonitas, mas estão mal conservadas. O teto tem muito mofo e infiltração. Os lustres quase caindo.

Mas nem tudo está perdido. Para salvar a memória das pessoas que não viveram nessa época, o arquivo Público de São Paulo recuperou fotos históricas da construção da linha férrea da cidade no começo do século.

Por exemplo a estação da Luz, na década de 20, no dia da chegada do rei da Bélgica e toda a estrutura mobilizada para aquele momento. Outra foto histórica é da antiga estação de Taipas, hoje conhecida como estação Jaraguá.

Tem também registro de franco da rocha, detalhe para o pontilhão, presente até hoje.

Quem cuida de todo esse tesouro é a Beatriz Augusta Correa da Cruz, diretora do Centro de Acervo do Arquivo Público do Estado. Ela conta que preservar o patrimônio da cidade é cuidar da própria história.

“A importância toda dessa documentação reside no fato de que, a partir dela, eu consigo entender aquilo que nós somos como cidade, como estado, como nação. Na verdade, isso não pertence ao governo, pertence a nós. Mas, se não entendermos, e não nos apropriarmos disso como nosso, não vamos achar que é responsabilidade nossa manter”, disse Cruz.

Qualquer pessoa pode visitar o arquivo do Estado que fica na rua Voluntários da Pátria, 596 em Santana. A única coisa é que precisa ligar lá ou mandar um email para marcar um horário de visita.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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