Fragilizado, PSDB busca agregar força política com Simone Tebet, afirma José Aníbal

Ex-senador por São Paulo disse, em entrevista à Jovem Pan News, que os tucanos devem indicar o vice para a chapa da emedebista ao Palácio do Planalto

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2022 09h45 - Atualizado em 06/06/2022 12h41
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Divulgação/PSDB José Aníbal José Aníbal é ex-senador de São Paulo pelo PSDB

José Aníbal, ex-senador pelo PSDB de São Paulo, concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 6, para comentar a expectativa de definições da chapa presidencial da terceira via, que deverá ter a senadora Simone Tebet (MDB) como cabeça. Segundo Aníbal, o seu partido, que atualmente está federado com o Cidadania, deverá indicar o vice ao final das negociações porque está fragilizado e busca, no apoio ao MDB, agregar força política.

“Sempre tivemos candidato próprio e, agora, estamos numa conversa com outros partidos, Cidadania e MDB, para compor uma chapa. Essas conversas vêm acontecendo já há alguns meses, e a gente espera que sejam concluídas nesta semana. Se forem concluídas como a gente espera, o PSDB não terá candidato à Presidência da República e, muito provavelmente, vai indicar o candidato a vice na chapa da senadora Simone Tebet (…) Nós entendemos que é possível abrir mão da candidatura porque há uma identidade no partido muito grande com relação à postulação da senadora Simone Tebet. Ainda que o PSDB sempre tenha lançado candidato, nas circunstâncias, o PSDB se fragilizou nos últimos anos, perdeu uma parte do seu protagonismo e, portanto, busca um entendimento que agregue força política com os mesmos propósitos. É o que a gente chama de centro democrático que, a nosso ver, tem ainda um bom espaço nessas eleições presidenciais, faltando uma candidatura que tenha uma boa sustentação para sensibilizar e criar esperança nesse eleitor do centro democrático”, afirma o ex-senador.

Questionado sobre o processo de enfraquecimento do partido, Aníbal afirmou que o processo de tentativa de recuperação dos tucanos deverá se dar, primordialmente, por meio das candidaturas aos governos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba e Mato Grosso do Sul, onde há expoentes políticos significativos da legenda. “Começam a se abrir novos horizontes para o PSDB, em termo de construção de chapas, boas chapas para as eleições proporcionais nos Estados, para deputados estaduais e federais. Há um movimento intenso no partido. Todos esses meses de exposição nos fizeram ver que há expectativa ainda no PSDB. O PSDB não é considerado um partido apêndice, de circunstância, tem toda uma história, e olha que história que temos, desde o plano real. Então, é possível que a gente consiga, em um trabalho assertivo, não um trabalho de briga, de transformar adversário em inimigo, mas um trabalho de pacificação e convergência. O Brasil precisa de paz para enfrentar esses enormes desafios que nós temos. E o PSDB pode ser portador dessa mensagem. Por isso mesmo, a nossa expectativa de que o partido, não digo renascer das cinzas como fênix, mas ter uma revitalização e um posicionamento no próximo mandato presidencial mais assertivo e menos deletério, como teve neste mandato. O partido perdeu muito da sua identidade na sua ação parlamentar e também na sua atuação de um modo geral. É preciso revitalizar, senão revitalizar agora, eu temo pelo futuro do PSDB“, declarou.

“Tanto o [ex-governador] Eduardo Leite quanto o [senador] Tasso Jereissati são alternativas para a Presidência da República, mas como eu disse, estamos empenhados em construir essa convergência com o MDB e a senadora Simone Tebet, desde que se administre as situações estaduais. De outro lado, a posição do [João] Doria, ele acabou de voltar de uma viagem e disse que vai dar uma declaração, eu imagino que quem tinha pretenção como ele tinha, de ser candidato, agora vai encontrar não o caminho de ser vice. Não sei se ele vai participar desse processo como candidato ou como liderança política, que poderá ajudar o partido”, finalizou Aníbal.

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