França diz que Doria é despreparado e surfa de acordo com onda: ‘Hoje é Bolsonaro, amanhã é Lula’
Na disputa pelo segundo turno ao governo de São Paulo, e em busca da reeleição, Márcio França (PSB) alfinetou o adversário tucano João Doria sobre os próximos debates que serão realizados até o dia 28 de outubro, data do pleito.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, França relembrou os debates em que participaram e destacou que o ex-prefeito da capital não se preparou para ser governador.
“Ele, nos últimos debates, depois de tomar umas traulitadas, começou a fugir de mim. Agora eu disse ‘ô Doria, agora não tem o Rodrigo [Tavares] para chamar’. Ele não se preparou para ser governador. Perguntei sobre quantos funcionários têm o Estado de São Paulo e ele não sabia. As coisas mais óbvias ele não sabia. É tudo produto de marketing, mas São Paulo já decidiu pela mudança e a mudança não é 45”, disse.
O atual governador paulista afirmou ainda que Doria não é sincero. “Aqui nesse microfone ele disse que não aceitaria apoio de Bolsonaro, porque era extremista”, disse ao remeter ao apoio do tucano ao presidenciável do PSL no segundo turno. “Nada parece sincero. Quando a pessoa muda de acordo com a onda, mostra que hoje é Bolsonaro, amanhã é Lula. Ele não tem nenhum tipo de bandeira, joga em qualquer time. Onde está a vitória, o cheiro, ele vai”, completou.
O pessebista acrescentou ainda que “as pessoas vão perceber de que lado está a sinceridade e de que lado está a falsidade”.
Sobre a afirmação de que João Doria seria um “tucano falsificado”, Márcio França justificou que “olha pelo comportamento da vida e não apenas pelo que fala naquele instante” e citou o caso de o adversário colar um adesivo nas costas de Jô Soares.
“O que parece? Alguém que está sempre esperando uma oportunidade de surfar na onda”, disse. França ainda rememorou a fala de Geraldo Alckmin a João Doria nesta terça, em reunião da Executiva, em que o presidente do PSDB insinuou que o ex-prefeito era traidor.
“A fala de Alckmin a Doria é de escorrer lágrima. Para ele chamar do que chamou, de traidor, é fala dura, de alguém que está magoado, porque alguma coisa ele fez. Quais amigos que ficaram com João Doria? Eu fiz campanha para ele. Ninguém ficou. Alguma coisa está errada. Na minha visão, no PSDB, pouca gente ficará com ele. Os outros ele vai ter que expulsar todo mundo”, finalizou.
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