França sofre com aumento de moradores de rua e espaços superlotados

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2018 07h47
EFE/ Etienne Laurent Nove por cento da população, ou seja, 5 milhões de pessoas moram em situações precárias, em espaços com menos de 15 metros quadrados de acordo com a fundação humanitária Abbé Pierre

A França enfrenta hoje uma das piores crises em relação a moradia de sua história. O presidente Emmanuel Macron havia prometido melhorar a situação dos moradores de rua até o final do ano passado, mas até agora nada.

Nove por cento da população, ou seja, 5 milhões de pessoas moram em situações precárias, em espaços com menos de 15 metros quadrados de acordo com a fundação humanitária Abbé Pierre.

Alugueis cada vez mais caros e taxa de desemprego em 10% fazem com que 15 milhões de pessoas enfrentem problemas financeiros para manter suas residências.

Assim como no Brasil, outro problema são famílias inteiras vivendo em espaços com de 15 metros quadrados, quando não estão nas ruas. É o que garantiu Manuel Domergue, diretor da fundação humanitária Abbé Pierre: “desde 2006 pela primeira vez, tivemos um aumento da superlotação nas residências, pessoas morando em 15 metros quadrados. Alguns dos motivos: família monoparental, crise econômica e o alto preço dos alugueis, além da maioria dos imigrantes que não têm uma moradia digna”.

Na capital Paris, a superlotação aumentou 25% entre 2006 e 2013, ano da pesquisa do Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos.

Ai você pensa que pelo menos essas pessoas não passam tanto frio morando perto uma das outras. Mero engano. As famílias, ou melhor, os pais de família não têm dinheiro suficiente para manter o sistema de aquecimento interno ligado.

Atualmente, mais de 2 milhões de franceses vivem sem calefação por razões de economia num país que faz frio pelo menos seis dos 12 meses do ano.

E os problemas não param por aí. Com o alto índice de imigrantes que foram à França o número de moradores de rua cresceu 50% entre 2001 e 2012 e representa 143 mil pessoas, além de 16 mil pessoas que moram em acampamentos ilegais.

*Informações do repórter Victor Moraes

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