Fundação aponta possível ataque hacker em aplicativo usado nas prévias do PSDB
FAURGS, responsável pelo desenvolvimento do app de votação, recomendou que o partido contrate uma empresa independente para fazer uma auditoria e confirmar a hipótese
A empresa que desenvolveu o aplicativo usado nas prévias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) diz que a ferramenta pode ter sofrido um ataque hacker. Em um longo comunicado, a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) ressaltou que tem experiência de mais de duas décadas no desenvolvimento de softwares e que todos os testes preliminares realizados demonstraram resultados satisfatórios. No entanto, segundo a entidade, foi registrado no dia da eleição interna uma demanda atípica incompatível com o número de eleitores cadastrados, o que seria um possível ataque. Com isso, a fundação recomendou que o PSDB contrate uma empresa independente para fazer uma auditoria e confirmar a hipótese do ataque de hackers. A entidade também garantiu que os três mil votos registrados no sistema estão preservados em sigilo.
Diante das explicações, o partido declarou que cresce o alerta sobre um possível ataque à sigla, mas ressaltou que a responsabilidade de esclarecer o ocorrido é da fundação. Além de todo o desgaste provocado por essa demora, a legenda terá que se explicar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um prazo de 10 dias, determinado pelo ministro Benedito Gonçalves. A decisão vem em resposta a um mandado de segurança apresentado pelo advogado Gustavo Futagami da Silva, que é filiado ao partido. Ele pediu a suspensão das prévias até que fossem resolvidas as falhas que impactaram a votação. O PSDB segue em contato com empresas que possam oferecer o serviço da votação por aplicativo.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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