Futura ministra da Agricultura nega ter concedido incentivos fiscais à JBS
Futura ministra da Agricultura, a deputada federal Tereza Cristina negou ter concedido benefícios à JBS. A reação da parlamentar veio após a publicação de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo no último domingo (18).
De acordo com a matéria, a deputada concedeu incentivos fiscais à empresa JBS quando era secretária do agronegócio de Mato Grosso do Sul, ao mesmo tempo em que mantinha um negócio pecuário com o grupo.
Em nota assinada pela Frente Parlamentar da Agricultura na Câmara, da qual Tereza Cristina é coordenadora, ela esclareceu que “atuou em conformidade com as políticas de governo estabelecidas à época” ao assinar acordos de benefícios.
O texto diz que “a relação comercial estabelecida pela família da deputada com a empresa JBS foi feita de forma legal e transparente, dentro dos padrões seguidos regularmente pelos demais produtores da região e do país”.
Ainda ressalta que “a mãe da parlamentar estabeleceu contrato de parceria pecuária na exploração de um confinamento com a empresa JBS”. E que apenas em 2010, quando a mãe da deputada faleceu, “o contrato passou à gestão de Tereza Cristina, na qualidade de inventariante de um condomínio de cinco irmãos”.
No próprio domingo, o presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu a futura ministra da Agricultura.
Tereza Cristina também esclareceu, em nota, que nunca recebeu doação direta do grupo JBS para campanha política. Os recursos, de acordo com ela, foram transferidos via coligação partidária e aprovados pela Justiça Eleitoral.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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