Gabinete de Segurança da Presidência alega sigilo e nega registros de acessos ao Jaburu

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2017 06h37 - Atualizado em 17/10/2017 06h38
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Esquema de segurança bloqueia via de acesso aos Palácios do Jaburu e da Alvorada O gabinete de segurança ainda afirma que as informações consideradas reservadas ficarão sob sigilo até o fim do mandato do presidente Temer

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência classificou como reservadas as informações sobre registros de entrada e saída do Palácio do Jaburu, onde mora o presidente Michel Temer.

O pedido da relação dos visitantes foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base na lei de acesso à informação. O Governo cita dois artigos da própria lei para justificar a negativa. Afirma que o sigilo é imprescindível à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passível de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: colocar em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais e estrangeiras e seus familiares; sendo que as informações podem ser classificadas como ultrassecretas, secretas ou reservadas.

O gabinete de segurança ainda afirma que as informações consideradas reservadas ficarão sob sigilo até o fim do mandato do presidente Temer para evitar que se coloque em risco a segurança dele, da mulher ou do filho.

Como houve recursos no pedido de informações, a Controladoria Geral da União também analisou o pedido e concluiu que não tem competência para avaliar o mérito sobre a classificação de informações.

O objetivo do jornal era ter acesso aos nomes dos visitantes, horários, datas e motivos das visitas ao presidente Michel Temer entre 13 de maio do ano passado a 25 de maio de 2017. Foi nesse período, por exemplo, que Temer, recebeu no Jaburu o empresário Joesley Batista, da JBS, que gravou a conversa e iniciou a série de denúncias contra o presidente da República.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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