Gaeco de Curitiba prepara recurso contra decisão de Gilmar Mendes de soltar Beto Richa
O promotor do Ministério Público do Paraná, Leonir Battisti, acusou a defesa do ex-governador Beto Richa de ter adotado “estratégia altamente duvidosa”. Para ele, o pedido de soltura foi direcionado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, intencionalmente, já que ele havia se manifestado anteriormente dizendo que a prisão não era correta.
Na sexta-feira (15), o magistrado mandou soltar o tucano, a mulher dele e mais 13 pessoas que foram presas na Operação Radiopatrulha, que investiga suspeitas de um esquema de propinas em contratos de manutenção de estradas rurais no Paraná.
De acordo com o coordenador do Grupo de Combate ao Crime Organizado de Curitiba, Leonir Battisti, a soltura do ex-governador não faz justiça aos fatos, já que o ministro está distante. O promotor ressaltou ainda que prisões eram necessárias porque os investigados vinham pedindo que possíveis testemunhas do caso mentissem ou omitissem fatos, especialmente para esconder a compra, em dinheiro vivo, de um conjunto de salas em Curitiba, no valor de R$ 1,4 milhão.
O ex-governador Beto Richa, que é candidato ao Senado, disse ao sair da prisão que o que fizeram com ele é uma crueldade enorme e questionou a credibilidade do delator da operação.
O MP do Paraná afirmou que está estudando a possibilidade de entrar com um recurso contra a ordem de liberdade dos investigados e, enquanto isso, está finalizando a denúncia contra o grupo.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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