Galípolo refuta pressão de Lula e fala em ‘decisão técnica do BC’ sobre juros

Diretor do Banco Central defendeu capacidade técnica do órgão, que garante estabilidade do ponto de vista do funcionamento da autoridade monetária do Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2023 10h46 - Atualizado em 02/09/2023 10h48
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Gabriel Galipolo Galípolo assumiu como Diretor de Política Monetária do Banco Central em meados deste ano

Durante evento do mercado financeiro, o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu a atuação do órgão em relação à taxa de juros. Apesar do empenho do governo Lula contra Roberto Campos Neto, presidente do BC, Galípolo ressaltou o caráter técnico das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). Lula vem apontado Campos Neto como um inimigo da economia justamente por não baixar os juros. “A gente pode ter elementos de dúvida sobre como é que vai estar se comportando a autoridade monetária em 2025, como é que o orçamento vai estar em 2025, como é que vai funcionar a partir da mudança do sistema de metas de inflação, mas eu acho que existe um ponto que é importante a gente abrir essa janela e mostrar sobre autoridade monetária que é o perfil técnico e a capacidade técnica que garante uma grande estabilidade do ponto de vista do funcionamento da autoridade monetária do Brasil”, afirmou.

Galípolo também refutou a hipótese de interferência política nas decisões do Banco Central. “Seria ingênuo a gente achar que não vai existir um debate político sobre esse tema. Isso existe nos Estados Unidos, existe em vários lugares né. Acho que faz parte do processo e a gente tem que conviver com isso porque realmente é um tema que afeta diretamente a vida das pessoas. É normal ter esse tipo debate”, completou. Ele evitou comentar sobre a continuidade da redução da taxa de juros da próxima reunião do Copom, mas ouviu a expectativa do mercado de quedas consecutivas de 0,5 p. p. até o início de 2024.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

 

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