Gestão Doria rebate ironia de Bolsonaro sobre eficácia da CoronaVac
Em uma rede social, o governado de São Paulo disse que Jair Bolsonaro ‘brinca de ser presidente’
O governo de São Paulo reagiu à ironia do presidente Jair Bolsonaro em relação a capacidade de proteção da CoronaVac. Na terça-feira, 12, o Instituto Butantan divulgou que a vacina tem eficácia geral de 50,38% — pouco acima do mínimo recomendado pela OMS. Em conversa com apoiadores nesta quarta, Bolsonaro foi questionado sobre o resultado. “E a vacina de 50% é uma boa? O que eu apanhei por causa disso, estou a quatro meses apanhando por causa da vacina.”
Em uma rede social, o governado de São Paulo, João Doria, disse que Jair Bolsonaro “brinca de ser presidente”. O tucano completou que, ao invés de comemorar o fato do Brasil ter um imunizante para combater a pandemia, Bolsonaro ironizou a vacina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir sobre o pedido de uso emergencial do imunizante neste domingo, 17. Nesta terça, Doria pediu que a CoronaVac seja disponibilizada à população imediatamente após a aprovação.
“Desejar esperar que a Anvisa cumpra o seu dever científico, mas cumpra também o seu dever humanitário, e libere as duas vacinas. A vacina do Butantan atende plenamente e deve ser colocada imediatamente após aprovação da Anvisa para vacinação dos brasileiros.” O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a comparação entre a CoronaVac e as vacinas da Pfizer e da Moderna não é possível porque os testes foram feitos em públicos diferentes.
“Quando comparamos estudos assemelhados, a eficácia dessa vacina não é diferente das outras apresentadas. Vacina Sinovac, população geral na Turquia: 91% de eficácia. Essa eficácia é obtida na situação mais dramática. Na população geral será bem mais superior, semelhante a de lá na Turquia.” O governo estadual mantém o início da imunização para o dia 25 de janeiro, mas pode antecipar de acordo com a decisão do Ministério da Saúde. Mesmo com o início da vacinação, a equipe de saúde do governo reforça que as medidas sanitárias como distanciamento, uso de máscaras e redução de circulação nas ruas ainda deverão ser respeitas.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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