Ghosn tem pedido de liberdade aceito mediante fiança equivalente a R$ 34 milhões
O empresário brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, teve pedido de liberdade aceito pelo Tribunal de Tóquio nesta terça-feira (05) mediante pagamento de fiança. O valor estipulado foi de 1 bilhão de ienes, o que equivale a cerca de R$ 34 milhões. Ele deixou a cadeia nesta quarta-feira (06) e responderá ao processo em liberdade.
A justiça japonesa atendeu a um pedido apresentado pela nova equipe de defesa de Ghosn depois de rejeitar duas solicitações semelhantes.
O tribunal estabeleceu algumas condições para que o executivo seja solto: ele não pode sair do Japão e deve ser vigiado por câmeras de segurança instaladas na residência dele.
Carlos Ghosn está preso provisoriamente desde novembro de 2018. Ele é acusado de fraude, por declarar ter renda inferior ao valor que foi apurado em demonstrações financeiras.
O executivo brasileiro ainda teria comprado e reformado imóveis residenciais, de uso pessoal, em, pelo menos, quatro países diferentes, com recursos da Nissan. Após saber da decisão judicial, Carlos Ghosn reafirmou ser inocente e disse que vai se “defender vigorosamente” de acusações “sem qualquer fundamento”.
Ele também agradeceu “a associações e militantes de direitos humanos do Japão e do mundo inteiro que lutaram pelo respeito à presunção de inocência e pela garantia de um processo justo.”
*Informações do repórter Afonso Marangoni
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.