Gilmar proíbe investigações sobre Glenn Greenwald

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2019 06h18 - Atualizado em 08/08/2019 10h39
Carlos Moura /SCO/STF O ministro da STF, Gilmar Mendes Na liminar, o ministro disse que a atuação de Glenn Greenwald na divulgação recente de conversas "é digna de proteção constitucional"

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes aceitou um pedido da Rede e proibiu investigações contra o diretor do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald. Na medida cautelar, Mendes determinou que Greenwald não pode ser investigado e responsabilizado pelo vazamento de supostas conversas de autoridades.

Com a decisão, o diretor do The Intercept não pode ser alvo de apuração administrativa ou criminal pela “recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia.”

De acordo com o ministro, até o momento, não há a confirmação da existência de inquéritos contra o norte-americano. A medida também impede preventivamente “a prática de quaisquer atos investigativos” que possam violar o “preceito fundamental de liberdade de expressão e de imprensa.”

Na liminar, o ministro disse que a atuação de Glenn Greenwald na divulgação recente de conversas “é digna de proteção constitucional, independentemente do conteúdo ou do impacto sobre interesses governamentais.”

Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil tem publicado diálogos que teriam sido vazados do celular de autoridades. Entre as mensagens estariam supostos diálogos entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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