Goldman critica ‘Dorismo’ de João Doria: ‘É fumaça’
O ex-governador de São Paulo e nome histórico no PSDB, Alberto Goldman, voltou a criticar o mandatário do Estado, João Doria, e sua tentativa de usar a sigla como “trampolim” para chegar à Presidência.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Goldman disse que o “objetivo principal [de Doria] é chegar à Presidência da República. Hoje ele governa o Estado de São Paulo para ser um trampolim para a Presidência da República”.
Doria, por sua vez, evitava discussões com o ex-governador e argumentava que ele havia sido expulso do partido – fato hoje negado por Alberto Goldman. “Sou membro do partido e vou continuar lutando para que o partido mantenha sua linha histórica, para que faça mudanças internas e renovações com gente de qualidade. Meu combate é interno e só sairia do partido se o PSDB mudasse de conduta e passasse a ser do estilo do PSL, bolsonarista, dorista. Aí eu não aceitaria”, disse.
Questionado sobre o que seria o “dorismo”, em alusão ao nome do governador de São Paulo, Goldman disse que é “o nada, é fumacinha”.
“Doria não é homem de partido, de programa. Ele tem ambição, é ousado, trabalhador na direção dessa ambição de ser presidente da República. Mas não nos use para isso”, criticou.
Presidência nacional do PSDB
Goldman defendeu ainda que o próximo presidente do partido seja alguém que agregue todas as posições e que tenha eixo fundamental programado com a linha social-democrata tucana.
“O PSDB não é partido de estilo petista radical à esquerda e nem de estilo bolsonarista de visão mais conservadora como temos visto. É partido de centro, social-democrata, e deve continuar com essa linha”, defendeu.
Sobre a defesa de João Doria ao nome de Bruno Araújo para a presidência nacional da sigla, Goldman foi enfático: “nunca fiz nenhuma afirmação contra Bruno Araújo, homem combativo, boa história, não tenho nenhuma objeção pessoal a ele. Mas o que não pode é João Doria ser dono do partido”.
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