Governador de SP rebate prefeito da capital e diz que não foi consultado sobre concessão do Ibirapuera
Márcio França negou que tenha feito jogo político ao retirar áreas do Estado da concessão do Parque do Ibirapuera. O governador de São Paulo deu a declaração nesta segunda-feira (16), logo após participar da abertura da feira de calçados Francal, na Zona Norte.
Na última semana, a Prefeitura da capital foi obrigada a modificar o processo de repasse para a iniciativa privada do principal espaço verde da cidade. A mudança ocorreu depois de uma reclamação do Palácio dos Bandeirantes. França alegou que o Estado possui áreas públicas dentro do Ibirapuera e que o governo não foi ouvido durante as tratativas de concessão.
Sem esses locais à disposição, o vencedor do processo deixaria de ganhar R$ 5 milhões com arrecadação de estacionamentos. Por isso, a gestão Bruno Covas mudou o projeto.
Originalmente, o vencedor do Ibirapuera ficaria obrigado a cuidar de outros cinco parques na periferia da cidade. Agora, ele só vai cuidar de mais um: o Lajeado, no extremo leste da Capital.
Bruno Covas disse no fim de semana que todas as questões referentes às áreas do Estado já haviam sido tratadas com o próprio governo.
Márcio França negou que tenha feito jogo político com a questão e disse que já tentava resolver o caso com o prefeito há mais de um mês: “recebi da assessoria jurídica do governo que as áreas que são do Estado têm que ter regras especiais, ele não pode abrir concessão com áreas que são do Estado, senão você vai prejudicar o concessionário. Eu mandei ofício pro Bruno, ele me ligou, sem nenhuma divulgação e eu falei para ele ver alguém para legalizar isso”.
O projeto de concessão dos parques é uma das principais bandeiras da gestão municipal, e o Ibirapuera é visto como a “joia da coroa”. O edital prevê que a empresa vencedora administre o espaço e o parque Lajeado por 35 anos.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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