Governador do AM afirma que Estado teria mais mortes sem medidas de isolamento

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2020 10h07 - Atualizado em 18/05/2020 10h22
rio-de-janeiro-morte-coronavirus Até o domingo (17) Estado do Amazonas tinha 20.328 casos confirmados da covid-19 e 1.413 mortes divididos em 60 municípios

O governador do Estado do Amazonas, Wilson Lima, defende que a reabertura de economia aconteça na hora certa em paralelo à testagem em massa para o novo coronavírus dos setores que retomarem as atividades. “Medidas precipitadas podem por em risco todo o esforço feito até agora.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele declarou que pediu ao general Eduardo Pazuello, que assumiu interinamente o Ministério da Saúde após saída de Nelson Teich, que sejam disponibilizados pelo menos 500 mil testes para essas pessoas para se ter ideia do comportamento do vírus no Estado.

“Os números ainda são controversos, não temos condições de fazer testes em massa por falta de insumo. Um estudo feito pelo Ministério indica que mais de 200 mil já estão imunizados aqui, mas precisamos de números precisos e seguros. Só assim podemos retomar a normalidade.”

Até o domingo (17) Estado do Amazonas tinha 20.328 casos confirmados da covid-19 e 1.413 mortes divididos em 60 municípios.

De acordo com ele, estudos feitos em parceria da UFAM, UFMG e UFSJ indicam que o isolamento social, por menor que tenha sido, causou efeito significativo e fez a curva ser achatada no Amazonas. “Teríamos mais mortes se não tivéssemos tomado medidas de isolamento, por isso é preciso cautela.”

No Amazonas, as medidas de restrição continuam em vigor em decisão conjunta do Estado e dos municípios com apoio das forças policiais. “Não há outro caminho porque não tem vacina, não tem nenhuma medicação comprovada. Ainda há resistência grande em alguns casos, principalmente nos bairros mais afastados. mas estamos com todas as forças de segurança nas ruas para fazer trabalho pedagógico de convencimento.”

Possíveis irregularidades

Wilson Lima ainda esclareceu que todos os procedimentos realizados pelos técnicos e a central de licitação foram dentro do que exigem as legislações. “Houve preçoo mais alto, mas aconteceu porque todos os produtos usados no combate ao coronavírus tiveram sobrepreço em algum momento. Tivemos que tomar decisões se comprávamos com preço alto ou se ficávamos em prestar atendimento.”

“Não há processo de ilegalidade, todos os documentos estão à disposição da imprensa ou dos órgãos competentes. Tudo o que o governo fez nesse sentido foi diante da mais alta transparência. Qualquer discuso além disso é oportunismo sobre o sofrimento das pessoas que estão perdendo entes queridos. Tem gente fazendo palanque sobre cadáveres em um momento em que todo mundo está preocupado em salvar vidas”, alegou.

 

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