Governadores dão ‘ultimato’ ao governo federal por mais medidas contra pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2020 06h59 - Atualizado em 27/03/2020 08h44
Fernando Fra Antes da crise provocada pela covid-19, o governo brasileiro estimava um crescimento de 2% para o PIB; agora, ele foi revisado para 0%

Os governadores dos estados brasileiros resolveram dar um ultimato ao governo federal e querem uma ajuda econômica rápida para enfrentar as consequências do isolamento social por conta do avanço do novo coronavírus.

No Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por exemplo, disse que a demanda é de R$ 500 bilhões. Ele espera uma sinalização dos governadores na próxima semana. De acordo com ele, se nada for feito vai ser difícil segurar as pessoas em casa.

Witzel acrescentou que não pode obrigar que as pessoas passem fome e nem forçar os empresários a manterem as atividades paradas se não houver sinalização de apoio em crédito por parte do governo federal.

Na véspera, o governador Wilson Witzel e outros governadores do Sudeste ratificaram a permanência do isolamento social. Até então, no Rio, a palavra era de que até o dia 4 de abril nada mudaria ou afrouxaria. Agora, o ultimato vale para a próxima semana.

Existe um debate cada vez mais aguçado sobre economia versus saúde. Os especialistas dizem que se nada fosse feito agora, as consequências sanitárias e econômicas seriam muito mais agudas dos que as estimadas.

Em Copacabana as praias estão interditadas, mas há muita gente circulando e fazendo atividades físicas ou trabalhando — inclusive pessoas no grupo de risco.

Antes da crise provocada pela covid-19, o governo brasileiro estimava um crescimento de 2% para o PIB. Agora, ele foi revisado para 0%, ou seja, estabilidade. Porém, alguns especialistas já falam em recessão.

O Rio de Janeiro estima impacto em R$ 10 bilhões e, por isso, decidiu fazer um contingenciamento de recursos de R$ 7,6 bilhões.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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