Governo afasta 2,5 mil crianças de trabalho em 2023

Patricia Costa comenta sobre a exploração do trabalho infantil; de acordo com dados, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul são os estados que mais usam mão de obra de crianças no país

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2024 09h08 - Atualizado em 04/06/2024 09h11
Banco de imagens/Pixabay Trabalho infantil As crianças encontradas trabalhando ilegalmente atuavam em diversos setores, incluindo construção civil, venda de bebidas alcoólicas e coleta de lixo

No Brasil, a exploração de mão de obra infantil é uma realidade alarmante. Segundo informações do Ministério do Trabalho, aproximadamente 2.500 crianças foram retiradas de atividades laborais no último ano, com estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais apresentando os números mais elevados. As crianças encontradas trabalhando ilegalmente atuavam em diversos setores, incluindo construção civil, venda de bebidas alcoólicas, coleta de lixo, entre outros. Esse panorama não apenas afeta negativamente a imagem das empresas envolvidas, mas também sublinha a necessidade de uma governança corporativa que valorize a transparência e a responsabilidade social. As crianças envolvidas frequentemente deixam a escola, ficam expostas a riscos de acidentes e sofrem prejuízos em seu desenvolvimento físico e mental. Essa realidade destaca a importância de políticas públicas efetivas que fomentem a geração de renda para os adultos e garantam o acesso à educação para as crianças, além da necessidade de uma legislação mais rigorosa para punir a exploração do trabalho infantil. Denúncias de exploração podem ser feitas através do site do Ministério do Trabalho.

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Fornecedores das marcas Lancôme e Aerin Beauty também estariam envolvidos com trabalho infantil, de acordo com uma investigação da BBBC. De acordo com a reportagem, crianças no Egito estariam sendo utilizadas para colher jasmim, matéria-prima usada na fabricação de muitas fragrâncias, como uma forma de reduzir os custos de produção. Apesar das negativas das marcas envolvidas, que afirmam não tolerar a exploração infantil, o caso suscita importantes questionamentos sobre a responsabilidade das empresas em garantir a integridade de suas cadeias de suprimentos. A L’Oréal, dona da Lancôme, afirmou seu compromisso com o respeito aos direitos humanos. A Estée Lauder, dona da Aerin Beauty, declarou que entrou em contato com seus fornecedores. No Egito, é ilegal que qualquer pessoa com menos de 15 anos trabalhe entre 19h e 7h da manhã. Fontes do setor disseram à BBC que as empresas donas de marcas de luxo estão reduzindo seus orçamentos, o que resulta em uma baixa remuneração para os trabalhadores.

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