Governo argentino anuncia novas medidas de austeridade para o país

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2018 09h27 - Atualizado em 04/09/2018 09h33
EFE No discurso, o presidente argentino reconheceu que o tributo às exportações é ruim, e que a recessão será mais longa do que o esperado

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou nesta segunda-feira (03) uma série de novas medidas de austeridade para o país, que enfrenta uma grave crise financeira e renegocia com o fundo monetário internacional um programa de ajuda de 50 bilhões de dólares.

O plano prevê uma redução na quantidade de ministérios: de 23 pastas, para dez. Também foram anunciados novos impostos a exportações: de quatro pesos para cada dólar nos produtos primários e de três pesos para cada dólar no restante.

No discurso, o presidente argentino reconheceu que o tributo às exportações é ruim, e que a recessão será mais longa do que o esperado. Mas nas palavras de Mauricio Macri, as medidas atendem a um conjunto de medidas básicas para retomar o crescimento do país, e o equilíbrio das contas públicas é essencial.

O presidente argentino também citou a retomada do trabalho formal e a construção de um estado sem corrupção, referindo-se ao escândalo dos governos anteriores.

Na sequência, o ministro da fazenda, Nicolás Durróvine, apresentou os detalhes técnicos do novo pacote de austeridade e o cronograma para reduzir o déficit fiscal.

O governo brasileiro tem acompanhado com atenção o agravamento da crise na economia do país vizinho. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Abrão Neto, as compras de produtos brasileiros, pelos argentinos, têm desacelerado ao longo dos quatro últimos meses.

Nesta terça-feira (04), o ministro da Fazenda argentino apresenta as medidas ao Fundo Monetário Internacional, para que seja renegociado um acordo do país.

Segundo o ministro da Fazenda, o governo se propõe a alcançar o equilíbrio fiscal até o ano que vem, deixando para trás a meta fixada anteriormente de um déficit de 1,3% do PIB.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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