Governo britânico define novo sistema de imigração para o pós-Brexit

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 25/09/2018 10h53
EFE EFE A proposta fechada pelo gabinete da primeira-ministra Theresa May prevê que os vistos de trabalho e residência na Grã-Bretanha sejam distribuídos no sistema de pontos

O governo britânico definiu o novo sistema de imigração que pretende implementar no país após o Brexit. E os europeus não terão acesso privilegiado ao país como têm hoje.

A proposta fechada pelo gabinete da primeira-ministra Theresa May prevê que os vistos de trabalho e residência na Grã-Bretanha sejam distribuídos no sistema de pontos. Quem tem mais dinheiro, maior renda ou mais qualificação profissional marca mais pontos e têm chances maiores de conseguir o visto.

Na verdade, já funciona assim para quem não tem passaporte europeu. Os imigrantes de fora do bloco precisam entrar neste esquema de pontos e só conseguem o visto se fizerem um investimento alto ou trabalharem num setor em que falta mão de obra qualificada no Reino Unido.

É um visto que ao longo dos últimos anos se tornou bem difícil de conseguir já que existe inclusive um limite anual para a sua emissão, somente cerca de 20 mil pessoas podem receber este visto.

O limite deve ser revisto no novo esquema, que agora também vai abrigar os europeus. Atualmente eles podem entrar para morar e trabalhar por aqui quando bem entenderem sem precisar de autorização.

Esse livre trânsito, no entanto, só vai valer até 31 de dezembro de 2020.

Com a medida, Theresa May pretende recuperar apoio popular e, principalmente, dentro de seu próprio partido. A primeira-ministra se equilibra há meses no cargo por causa dos fracassos constantes nas negociações do Brexit.

A imigração é um tema central na sociedade britânica e a nova proposta deve agradar a grande parte da população porque deve restringir bastante a entrada de estrangeiros em geral.

A questão, apontam empresários e investidores, é o quanto a economia do país deve sofrer com a essa medida – uma vez que cidades como Londres, por exemplo, são movidas também pela mão de obra que vem de fora.

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