Governo busca parceiro privado em Angra 3, mas incertezas preocupam

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2019 07h14 - Atualizado em 05/08/2019 09h42
Luciano Andrade/Estadão Conteúdo A intenção do Governo é que todo o dinheiro da obra venha da iniciativa privada

O Governo busca parceiros na iniciativa privada para retomar a construção da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A obra começou em 1984 e está paralisada desde 2015. Ao longo desses 35 anos, foram diversas interrupções, motivadas por crises econômicas e escândalos de corrupção.

De acordo com a Eletronucelar, a estatal que cuida do setor, três empresas estão na dianteira pela parceria: a francesa EDF, a chinesa Rosaton e a russa CNMC.
O presidente da Consultoria Thymos, especializada no setor energético, João Carlos Mello, aponta que a Constituição prevê limites para a participação de grupos estrangeiros nesse tipo de empreendimento, mas que ele é viável.

A intenção do Governo é que todo o dinheiro da obra venha da iniciativa privada. Desde o início da construção, R$ 7 bilhões já foram investidos. Mais de 60% do projeto já foi concluído e a estimativa é de mais R$ 15 bilhões para o término.

O presidente da Consultoria Thymos, João Carlos Mello, aponta uma vantagem da energia nuclear: a baixa emissão de poluentes. “A energia nuclear já tem uma conotação mais importante que é a questão que ela não emite carbono. Ambientalmente, ela é mais favorável desse ponto de vista.”

O andamento do projeto, bem como de outros empreendimentos do setor energético, também depende da retomada do crescimento econômico do país.

A expectativa do Governo é que a construção de Angra 3 seja retomada no final de 2020 e que em 2025 ela comece a operar. Caso finalizada, ela vai ser a terceira usina nuclear do país, junto com Angra 1 e Angra 2, que juntas, geram 3% da energia consumida no Brasil.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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