Governo federal já considera crescimento menor no PIB por epidemia global

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2020 06h11 - Atualizado em 28/02/2020 09h07
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, se houver um fenômeno global de frustração econômica, o Brasil também será afetado

A equipe econômica do governo federal acompanha os desdobramentos do novo coronavírus no mundo. Segundo informações dadas pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,  nesta quinta-feira (27), em coletiva de anúncio da arrecadação federal de janeiro, a avaliação é que a epidemia pode interferir no crescimento do PIB, projetado em 2,4% até o fim do ano.

Segundo Mansueto Almeida, se houver um fenômeno global de frustração econômica, o Brasil também será afetado. Existe a possibilidade, por exemplo, de que a epidemia do novo vírus derrube o preço de commodities, o que teria impacto direto na economia brasileira. Pensando nisto, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia estuda propor, se necessário, uma revisão nas projeções de crescimento do PIB neste ano.

No primeiro mês deste ano, a União recebeu 44,124 bilhões de reais a mais do que gastou com impostos e contribuições, o que representa cerca de 13 bilhões de reais de diferença em relação ao mesmo período de 2019. Isso graças tanto ao aumento da arrecadação quanto a diminuição de despesas.

Ainda de acordo com o Tesouro Nacional, o mês de janeiro, considerado o melhor para o período nos últimos 24 anos, também foi bom para a dívida pública, que caiu 0,45%, atingindo 4,229 trilhões de reais. Em dezembro, o índice somava 4,248 trilhões de reais.

A diminuição, segundo o órgão, está relacionada ao alto volume de vencimentos de títulos públicos, que somou pouco mais de 122 bilhões de reais no primeiro mês deste ano. No entanto, a previsão para o fim de 2020 é de crescimento da dívida, que deve alcançar 4,750 trilhões de reais.

Durante o anúncio, o secretário do Tesouro também falou das possíveis consequências econômicas da disputa entre governo e Congresso sobre o orçamento impositivo. Na avaliação de Mansueto Almeida, as novas regras não serão o fim do mundo, mas precisam ser esclarecidas para que o governo consiga se programar financeiramente.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado.

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