Governo de SP admite possibilidade de novo adiamento na entrega de estações da Linha 5-Lilás do Metrô
O governo de São Paulo admitiu a possibilidade de um novo adiamento na entrega de quatro estações da linha 5-Lilás do Metrô. Depois de vários atrasos, a última promessa do Palácio dos Bandeirantes era que as paradas AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin seriam entregues em agosto.
Apesar disso, nesta terça-feira (14), o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos disse que a pasta avalia se consegue cumprir o cronograma. Clodoaldo Pelissioni afirmou que a pasta faz um grande esforço para concluir as estações, mas que elas podem ficar para setembro.
As paradas Santa Cruz e Chácara Klabin compreendem um dos setores mais importantes da linha 5-Lilás porque vão conectar o ramal com as linhas 2-Verde e 1-Azul.
Pouco antes de deixar o cargo para disputar a eleição presidencial, o ex-governador Geraldo Alckmin participou de uma série de inaugurações de estações metroferroviárias. Entre elas, das paradas Moema e Eucaliptos, da própria Linha 5-Lilás, que iniciaram as operações em abril sem as portas de plataforma instaladas.
Por outro lado, o atual governador e candidato à reeleição, Márcio França, preferiu dizer em julho que prefere evitar inaugurações apressadas.
O secretário Clodoaldo Pelissioni falou ainda das dificuldades que o governo tem enfrentado para retomar as obras da nova linha 6-Laranja. O ramal está há quase dois anos com as construções paradas depois que o Estado decidiu rescindir o contrato com o consórcio Move São Paulo, que enfrentava dificuldades de financiamento.
Até agora, a administração não conseguiu decretar a caducidade do contrato, passo necessário para que as intervenções sejam reiniciadas. Clodoaldo Pelissioni afirmou que um recurso da Move São Paulo ainda está sendo discutido pela Justiça e prevê, no mínimo, 60 dias para readequar o edital.
O prazo atual de entrega da linha 6-Laranja do Metrô é novembro de 2021, o que dificilmente será mantido com a decretação da caducidade do contrato.
O ramal deverá ligar a região de Brasilândia, na Zona Norte da capital paulista, até a estação São Joaquim, na região central de São Paulo, em 15 estações.
O trecho é conhecido como “linha das universidades”, uma vez que passará por seis instituições de ensino superior pelo caminho. O secretário deu as declarações nesta terça-feira durante o Sexto Fórum Lide de Infraestrutura, Logística e Mobilidade, em São Paulo.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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