Governo deve anunciar nesta segunda (14) aumento do rombo das contas públicas

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2017 06h16 - Atualizado em 14/08/2017 11h03
Brasília - DF, 30/06/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante encontro com representantes da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil - CACB. Foto: Beto Barata/PR Beto Barata/PR Michel Temer e equipe econômica durante encontro com representantes da CACB

O Governo não conseguiu fechar o valor do déficit fiscal com sua equipe econômica na última quinta-feira (10) e marcou a definição sobre a meta deste ano e de 2018 para esta segunda-feira (14). O rombo nas contas públicas deverá ser reajustado, passando de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Há opiniões de que essa quantia chegará à casa dos R$ 170 bilhões.

Mesmo com a redução considerável das despesas a equipe econômica de Michel Temer não consegue lidar com o aumento dos gastos.

Além do mais, as expectativas do Governo com a segunda fase da repatriação foram frustradas. A Fazenda esperava arrecadar R$ 13 bilhões com o programa, no entanto, o resultado foi muito abaixo do esperado: R$ 1,7 bilhão. Isso agravou o cumprimento da meta fiscal desse ano.

Com o rombo nas contas, o Governo tem de arrumar outras medidas para elevar as receitas no próximo ano. Uma delas deverá ser o aumento de impostos. A má notícia para o Palácio do Planalto é que essa ideia não é bem vista pelo Congresso.

Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, respectivamente, já deixaram bem claro que dificilmente o Congresso aprovará o aumento de impostos ou a criação de novos tributos neste ano.

Está em estudo também a limitação do salário de entrada no serviço público para cerca de R$ 5 mil. Os servidores prometem protestar. Avaliam que o Governo coloca sobre os ombros da sociedade os erros da própria administração federal.

Com a negativa sobre o aumento de impostos, medidas como congelamento dos salários de servidores, revisão de salários iniciais e suspensão de privilégios e gastos com cursos no exterior e viagens são avaliadas.

*Informações dos repórteres Arthur Scotti, José Maria Trindade e Luciana Verdolin

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