Governo deve anunciar pacote de medidas para geração de emprego em novembro

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2019 07h13 - Atualizado em 28/10/2019 10h15
Reprodução/Facebook De acordo com Rogério Marinho, foco será nos jovens e em maiores de 55 anos

O governo federal pretende anunciar, na volta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de sua viagem pela Ásia e Oriente Médio, um pacote de medidas para estimular a geração de emprego no país. Na semana passada, Bolsonaro já havia afirmado que o foco desse pacote deve ser nos dois grupos mais vulneráveis: os jovens que buscam o primeiro emprego e para quem tem mais de 55 anos.

Na sexta-feira (25), a equipe econômica anunciou um edital para cursos de qualificação para jovens de 18 a 29 anos.  Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, a taxa de desemprego nessa faixa-etária chega a 30%. “O governo está preocupado porque sabe que as pessoas que são jovens tem maiores dificuldades de se inserirem no mercado de trabalho. O governo vai ajudar esse segmento, que é a franja, é a borda do processo do emrcado de trabalho. Então a nossa ideia é, na primeira semana de novembro, apresentar algumas ações na área de emprego”, disse.

Bolsonaro ressaltou que o objetivo é garantir uma oportunidade e para quem enfrenta dificuldades para ingressar no mercado de trabalho ele reafirmou o discurso de que, em um determinado momento, erá preciso escolher “entre mais empregos ou mais direitos”.

O governo  trabalha, também, numa proposta em torno da chamada reforma administrativa para reduzir custos com os servidores públicos. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, nega, no entanto, que o objetivo seja diminuir a quantidade de direitos.

Segundo ele, a reforma visa reorganizar a máquina pública. “Hoje no setor público você já pode reduzir carga horária e salário, mas opcional. O servidor público pede uma redução da carga horária e uma redução salarial correspondente, de tal forma que o salário, por hora, fica constante. Se já pode opcional, porque que, em uma situação de crise, você não pode tornar isso obrigatório? Isso talvez entre em alguma das PECs [Propostas de Emenda à Constituição]”, explicou.

Durante a viagem, Bolsonaro confirmou que uma das propostas é a acabar com a estabilidade para futuros servidores, deixando bem claro, no entanto, que para quem já está trabalhando, nada deve mudar.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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