Governo deve arquivar denúncia, mas Congresso quer ser protagonista no cenário político

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2017 06h31 - Atualizado em 25/10/2017 11h30
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Ana Volpe/Senado Ana Volpe/Senado A articulação dos dissidentes é colocar Rodrigo Maia como líder das reformas, deixando de lado os projetos do Governo e priorizando as ações do Congresso

O Governo garantiu que, depois da votação desta quarta-feira (25) do pedido de autorização para abertura de processo contra ele, Eliseu Padilha e Moreira Franco, haverá uma retomada da gestão. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conversou com líderes e prometeu que a economia terá um novo ritmo.

Este é o discurso que vai encontrar um Congresso Nacional diferente. Acabou aquela hegemonia de Temer, e a maioria do início do Governo acabou.

A articulação dos dissidentes é colocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como o novo líder das reformas, deixando de lado os projetos do Governo e priorizando as ações dos deputados e senadores.

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) alertou que o momento é diferente e que as forças políticas devem se unir para votar reformas: “por isso que estamos sugerindo o bom-senso e com cautela e serenidade que se tenha uma agenda mínima do Congresso como protagonista desse final de mandato”.

O deputado Beto Mansur, vice-líder do Governo, admitiu um novo estágio político e revelou que a conversa será inevitável. Logo depois da votação prevista para hoje, a ideia do Governo é discutir, sim, a pauta de votações e de decisões: “se esse grupo pró-reforma ficar longe do Palácio é outra questão. Acho que depois da denúncia nós vamos sentar e conversar com quem é da base do Governo e com quem eventualmente quer apoiar reformas”.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse que não haverá um grupo de oposição a Temer e nem alinhamento com o PT, PCdoB, PSOL e PDT: “como temos autoridade moral combatemos também os malfeitos do Governo Temer”.

As conversas na Câmara e Senado são no sentido de fortalecer a proposta de votação de reformas, mas o projeto de deputados e senadores e não os do Governo. O Congresso passaria a ser o protagonista na frente política.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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