Governo do Rio de Janeiro é denunciado à ONU por violação a direitos humanos

Acusação destacou as mortes inocentes no Estado, casos fatais de balas perdidas, prisões equivocadas com base em reconhecimento fotográfico

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2022 09h57
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Reprodução/Facebook/Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Dois agentes com fardas da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Polícia Militar alegou que as forças de segurança no Estado atuam em um cenário extremamente complexo

O governo do Rio de Janeiro foi denunciado nesta sexta-feira, 19, na Organização das Nações Unidas (ONU) por suposta omissão em violações de direitos humanos. A denúncia foi protocolada no Comitê de Direitos Humanos da instituição e se baseou em investigações e relatórios da Defensoria Pública do Estado e do Colégio Nacional de Defensores Públicos. O documento foi assinado para advogados, integrantes da OAB e até pelo secretário de Direitos Humanos da cidade de Niterói. A acusação destacou alguns pontos: mortes inocentes no Estado, casos fatais de balas perdidas, prisões equivocadas com base em reconhecimento fotográfico e programas, iniciativas do Estado consideradas falhos e frágeis.

Durante a pandemia de Covid-19, o Supremo Tribunal Federal (STF) impôs as restrições de ações policiais no Rio de Janeiro em favelas e áreas carentes. Esse ano, a Corte Suprema determinou que o Rio de Janeiro apresente um plano de segurança para reduzir a chamada letalidade policial. A Polícia Civil, após esta denúncia na ONU, disse que todas as mortes por disparos de policiais e operações da atual gestão foram de criminosos em confronto. Em relação ao reconhecimento fotográfico, a atual gestão não admite, segundo Polícia Civil, esse tipo de prática como prova única. A PM, por sua vez, alegou que as forças de segurança no Estado atuam em um cenário extremamente complexo, que vem sendo construído ao longo de décadas. Nos anos de 2020 e 2021, destacou a Polícia Militar, foram apreendidas 13.273 armas de fogo, sendo quase 650 fuzis. Além disso, aproximadamente 75 mil foram presas no período.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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