Governo eleva para R$ 285 bilhões impacto de ações anticrise nas contas públicas

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2020 08h41
Frederico Brasil/Estadão Conteúdo Demissão de Waldery Rodrigues ocorre depois de entraves entre o Ministério da Economia e o Congresso para a aprovação do Orçamento de 2021 A equipe econômica conta com a agilidade do Congresso para a apreciação de medidas que considera essenciais para este momento de crise

O Ministério da Economia elevou para R$ 285,4 bilhões a previsão de impacto primário nas contas públicas de 2020 em decorrência das medidas anticrise do coronavírus. A projeção é R$ 60,8 bilhões maior que a divulgada há cerca de duas semanas, quando a conta estava em R$ 224,6 bilhões.

Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, disse que o aumento ocorreu por uma atualização no conjunto das medidas e adiantou que a estimativa deve ser elevada ainda mais.

Waldery Rodrigues aponta que o Congresso tem uma decisão importante pela frente para não sobrecarregar o governo federal que é a questão das complementações do ICMS e ISS para estados e municípios.

A equipe econômica conta com a agilidade do Congresso para a apreciação de medidas que considera essenciais para este momento de crise.

O secretário especial da previdência, Bruno Bianco espera uma rápida votação da MP do contrato Verde Amarelo que permite a contratação de jovens e pessoas com mais de 55 anos, além de viabilizar a concessão de microcrédito. Ele teme possíveis modificações no texto.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, aponta que entre as ações do governo, a do auxílio emergencial, está permitindo que pessoas que nunca tiveram um registro formal na base de dados do governo, tenham esta possibilidade a partir de agora.

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida destaca que a deliberação de isentar o IOF sobre por exemplo a renegociação de dívidas, gera um valor econômico expressivo na sociedade.

A equipe do Ministério da Economia bate na tecla de que tão logo passe o período da pandemia, será imprescindível a retomada a agenda de reformas estruturais a fim de garantir o reaquecimento do país.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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