Governo federal reduz em 10% imposto de importação de bens comercializados

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados, a guerra entre Rússia e Ucrânia é um dos principais fatores que contribuiu para o aumento no preço dos produtos

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2022 07h53 - Atualizado em 17/07/2022 11h51
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EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação em supermercado Governo reduziu em 10% o mposto de importação de bens comercializados

Diante de uma inflação acima de dois dígitos, sobretudo puxada por alimentos e combustíveis, o governo federal decidiu reduzir em 10% o imposto de importação de bens comercializados. A medida envolve itens básicos, como feijão, massas, biscoitos, arroz e até materiais de construção. Presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados, Cláudio Zanão avalia o impacto da redução para o setor. “O consumidor está com o bolso muito estreito. Não tem espaço nenhum para manobra, para comprar nada diferente. É consumir o necessário para sobreviver. Então, tudo que puder reduzir essa dependência e puder dar uma flexibilidade, será bem aceito”, comentou.

De acordo com o presidente da associação, a guerra entre Rússia e Ucrânia é um dos fatores que contribuiu para o aumento no preço dos produtos, como o trigo, por exemplo. “O Brasil consome 12 milhões de toneladas de trigo por ano e produz, em média, 6 a 8 milhões. Então, dá para buscar a diferença no Mercosul. Ainda assim, se acontecer algumas coisa no continente, vamos buscar trigo no Canadá ou nos Estados Unidos. Então, falta de produto nunca vai haver. É questão de preço. Agora, por razões humanitárias, temos que parar essa guerra. E, em termos de economia, um terço da exportação mundial depende de Rússia e Ucrânia. Quanto mais for prolongada a guerra, mais dificuldade teremos. O melhor, para nós, é acabar essa guerra para equalizar esses preços”, completou.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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