Governo francês pede saída de Ghosn da Renault e nova acusação pesa sobre o executivo brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2018 06h20
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EFE Carlos Ghosn foi preso nesta segunda-feira (19) acusado de fraude por declarar ter renda inferior ao valor real em demonstrações financeirashttps://jovempan.com.br/tag/carlos-ghosnhttps://jovempan.com.br/tag/carlos-ghosn

Após a prisão do empresário brasileiro Carlos Ghosn, presidente da Renault e da aliança Renault-Nissan, o governo da França pediu a saída temporária do executivo do cargo e a colocação de outra liderança interina na montadora francesa.

O governo francês tem 15% das ações da Renault. Carlos Ghosn foi preso nesta segunda-feira (19) acusado de fraude por declarar ter renda inferior ao valor real em demonstrações financeiras.

Outra acusação que pesa sobre o executivo é de que ele tenha comprado e reformado imóveis residenciais de uso pessoal, em, pelo menos, quatro países diferentes, com recursos da Nissan.

Entre os imóveis comprados e reformados com o dinheiro ilícito, estão uma casa em Beirute, no Líbano, e um apartamento no Rio de Janeiro. Ghosn teria gastado US$ 18 milhões a partir de uma subsidiária da Nissan na Holanda.

A companhia holandesa foi criada em 2010, e teria como objetivo oficial o financiamento de startups.

As acusações sobre Ghosn já causaram impacto nas ações da Nissan que fecharam em queda de 5,45% na Bolsa de Tóquio nesta terça-feira (20).

O economista da consultoria Infinity Asset, Jason Vieira, afirmou que a rápida resposta das empresas aos fatos apresentados, no entanto, pode trazer uma segurança ao investidor e evitar mais quedas bruscas nos indicadores. Para ele, os efeitos dessas suspeitas permanecerão locais nos mercados japonês e francês.

*Informações da repórter Victoria Abel

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