Governo irá usar as próximas semanas para reconstruir base aliada e aprovar reformas

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2017 06h36 - Atualizado em 27/10/2017 10h43
Flickr/Retratos do Brasil Com dois feriados daqui até o dia 15 de novembro, nenhuma matéria controversa deve ser votada pelos deputados

As próximas semanas na Câmara vão ser de reaglutinação da base governista. Com dois feriados daqui até o dia 15 de novembro, nenhuma matéria controversa deve ser votada pelos deputados.

O tempo vai servir para líderes da base conversarem com os dissidentes, aqueles deputados que apoiavam o Governo, mas votaram contra o presidente Michel Temer na última quarta-feira (25).

O foco é reunir votos para duas propostas importantes na visão do Palácio do Planalto: a Reforma da Previdência e a Reforma Tributária. As duas ainda devem passar por ajustes e simplificações buscando uma menor resistência dentro da Câmara.

Para o líder do PSB, deputado Júlio Delgado, os parlamentares já passaram por um desgaste muito grande livrando Temer. Por isso, não gostariam de passar por mais um aprovando as mudanças na Previdência: “imagina em uma votação da reforma da Previdência se eles estarão dispostos a sofrer mais um desgaste”.

Segundo o vice-líder do Governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB), alguns deputados que votaram pelo afastamento de Temer não deixam de apoiar a pauta de reformas. É nisso que o Governo aposta para tocar a agenda econômica no Congresso: “uma coisa é votar na denúncia e você ter pauta de votos para a Previdência, reforma tributária. Você tem parlamentares que apoiam as reformas, são coisas que deve analisar caso a caso”.

Hoje, a base fixa do Governo é de 251 deputados, o número dos que votaram pela rejeição da denúncia. Um projeto simples, como a Reforma Tributária, precisa de 257 votos, enquanto a Reforma da Previdência, de 308.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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