Governo já gastou R$ 615 bilhões para conter a Covid-19
Segundo Waldery Rodrigues, o fundo do poço teria sido em maio — e agora os dados mostram resultados positivos
Nos últimos 6 meses, os gastos do governo federal com a Covid-19 ficaram na marca dos R$ 615 bilhões. Só com a suspensão das dívidas de estados e municípios o governo gastou R$ 190 bilhões. O secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, avalia que, por conta das ações do governo para fazer frente aos aspectos econômicos da pandemia, houve queda de apenas 0,7% na arrecadação agora de 2020. Reforçando o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário garante que já existe sinal de recuperação econômica forte.
Segundo ele, o fundo do poço teria sido em maio — e agora os dados mostram resultados bastante positivos. A tal da recuperação em V, tão falada por Guedes, segundo o secretário, já é sentida no comércio, na indústria e na construção. O problema hoje se concentra no setor de serviços que, de acordo com ele, deve se recuperar até o fim do ano. O Tribunal de Contas da União (TCU) cobra da área econômica a definição de uma meta fiscal para 2021 que não foi especificada na LDO em discussão no Congresso Nacional.
O secretário admite dificuldade e que o governo quer esperar mais um pouco antes de falar em novas metas. Por isso, Waldery explica que é necessário avançar na questão das reformas. Ele listou 10 metas do governo para tentar contornar os problemas causados pela pandemia. Rodrigues lembra também que é preciso ter em mente que haverá uma pós pandemia — e por isso, a economia brasileira precisa estar preparada.
O secretário voltou a afirmar que o governo não trabalha com a prorrogação de gastos assistenciais além de dezembro. Segundo ele, as medidas deverão se restringir a 2020. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de ampliação do número de parcelas do seguro desemprego para quem foi demitido durante a pandemia. o secretário disse que a questão está sendo discutida dentro do Codefat, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Na sexta-feira (30), teria uma reunião em Brasília para discutir o assunto. Por conta do ponto facultativa do Dia do Servidor Público, foi remarcada para a semana que vem.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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