Governo não alterará pontos da reforma para atender categoria A ou B, diz secretário da Previdência
A votação da reforma da Previdência deve ocorrer apenas no início de 2018, mas a disputa nas redes sociais sobre o que é mito ou verdade e os ataques ao texto continuam.
Em entrevista exclusiva a Denise Campos de Toledo, o secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que o déficit da Previdência é incontestável e crescente ao longo do tempo.
“Diversas administrações, FHC, Lula, Dilma, Temer, todas essas usaram a mesma metodologia de cálculo da Previdência e desde 1995 os dados indicam buraco de R$ 1,1 bilhão, mas valor vai crescendo e chegou só no INSS a um déficit acumulado de R$ 151,9 bilhões”, disse. “Ninguém em sã consciência comemora um déficit como esse”, completou.
O secretário fez questão de ressaltar ainda que “não há compromisso do Governo em relação a alteração de pontos para atender categoria A ou B”, segundo ele, “debates fazem parte do ambiente democrático”.
“Em eventuais novas concessões é importante repetir que não há compromisso por parte do Governo em ceder em algum ponto, mas haverá debate a respeito disso”, afirmou.
Marcelo Caetano acrescentou ainda que já se começa a ter impacto financeiro no ano em que se aprova a reforma da Previdência.
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