Governo pode fazer mudanças no decreto de armas
A informação foi dada pelo porta-voz da presidência da República, Otávio Rêgo Barro
O porta-voz da presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o Governo pode fazer mudanças no decreto de armas, editado no mês passado. Na tarde desta terça-feira (21), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a Casa pode fazer alterações no texto, caso o Governo não mexa em pontos do decreto.
Maia disse, no entanto, que tem negociado mudanças com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Em resposta a uma carta de 14 governadores contrários ao decreto, o porta-voz Otávio Rêgo Barros disse que o Palácio do Planalto está aberto para o aperfeiçoamento da legislação. Ele defendeu que o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro atende aos anseios da população.
Dois pontos que devem passar por revisão são a regra que prevê efetiva necessidade de transporte de armas a algumas categorias profissionais e a extensão do porte a todos os praças das Forças Armadas.
Nesta terça-feira, a ONG Anistia Internacional lançou uma carta que recomenda a revogação do decreto das armas dizendo que a medida “atenta contra as garantias do direito à vida”.
Para a diretora-executiva da entidade no Brasil, Jurema Werneck, a flexibilização da posse e do porte de armas pode acarretar no aumento da violência.
O posicionamento da Anistia Internacional sobre o decreto de armas faz parte da ação intitulada “Brasil para todo mundo”. Na carta, a ONG aponta outras medidas da administração federal que, para a instituição, são fontes de preocupação.
Em nota interministerial, as pastas da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e das Relações Exteriores dizem que as afirmações da Anistia Internacional não condizem com a política atual do Governo. Os ministérios destacam que buscam diálogo com a Anistia Internacional e demais entidades de direitos humanos.
A nota afirma que o Brasil segue no “firme propósito de demonstrar, por meio de ações efetivas”, que tem entre as prioridades de Estado “o respeito e o fomento de ações de promoção de direitos humanos”.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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